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Obesidade - por onde começar

  • Foto do escritor: arturboschi
    arturboschi
  • 19 de jul. de 2018
  • 2 min de leitura


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A obesidade é uma doença que vem tendo aumento de frequência ao redor de todo o mundo. Nos países mais ricos aproximadamente 18-20% da população adulta é portadora de obesidade, sendo que a percepção das pessoas quanto à doença vem diminuindo. Considerando que a obesidade é associada com várias outras doenças, como o diabetes, hipertensão arterial, doenças cardíacas, derrame cerebral entre outras a comunidade científica e os profissionais de saúde comprometidos com o seu tratamento estão cada vez mais apreensivos.

Os dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), com base em entrevistas realizadas de fevereiro a dezembro de 2016 com 53.210 pessoas maiores de 18 anos de todas as capitais brasileiras registrou um aumento na prevalência de obesidade passando de 11,8% em 2006 para 18,9% em 2016. O excesso de peso também subiu de 42,6% para 53,8% no período.

Apesar dessa situação delicada, o sistema de saúde ainda precisa se adaptar melhor para engajar os pacientes no tratamento. Linguagem pejorativa, preconceitos variados e exclusão social costumam ser algumas das barreiras que os pacientes enfrentam para buscar ajuda.

O diagnóstico da doença não é complicado, basta uma balança e fita métrica adequada para definir altera e peso dos pacientes. Com esses dados calculamos o índice de massa corporal (IMC) através da fórmula: IMC= peso (kg) / altura2 (m). A classificação é: <18,5 = baixo peso; 18,5-25 = normal; 25-29,9 = sobrepeso; >30 = Obesidade. Outra medida interessante é a circunferência abdominal, esta se relaciona adicionalmente com indicador de risco de doenças cardíacas quando maior que 88cm em mulheres e 102 cm em homens.

As entidades médicas especializadas recomendam que qualquer paciente com essas alterações de medidas sejam avaliados por profissional de saúde com vistas a identificar possíveis causas de excesso de peso, dentre elas o uso de algumas medicações, doenças (tireopatias, diabetes, doenças genéticas ou comportamentais) e eventuais complicações.

Portanto, devemos ser muito atentos ao excesso de peso, não julgar negativamente os pacientes que sofrem da doença, lembrar das suas consequências e buscar insistentemente a melhor adesão aos programas dietéticos, atividades físicas e demais estratégias medicamentosas ou cirúrgicas de perda de peso.


Fontes:

UPTODATE: Obesity in adults: Prevalence, screening, and evaluation


Dr. Artur Boschi

Médico Internista e Endocrinologista

CREMERS 29640

 
 
 

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